Skip to content
  • Book Trailer
  • Escola a Ler
  • “Ouvir um conto”
  • Dia Nacional da Cultura Científica
  • Deleitura
  • Ler+
  • RBE
Biblioteca Florbela Espanca
Biblioteca Florbela Espanca
Biblioteca Flobela Espanca
Primary Navigation Menu
Menu
  • InícioBiblioteca escolar
  • NósSobre nós
  • DocumentosDocumentos Estruturantes
    • PAABE – 2022-23
    • Documentos RBE
  • ProjetosProjetos e parcerias
    • Projetos Erasmus
    • Projetos Artísticos
    • Projetos de Leitura
    • Voluntariado/Cívico
    • Plano Nacional de Cinema
  • LivrosLivros e leitura
  • Digit@lBiblioteca Digit@l
  • TutoriaisGuiões e tutoriais
  • ImaginaImagina Editora online
  • ContactosContacte-nos sempre
"Se ao lado da Biblioteca houver um jardim, nada faltará." Cícero

Dia Nacional das BE | 24 outubro 2022

By: BFE
On:
In: Novidades
Fullscreen Mode
Paz, António Nobre
Poema A PAZ, Sofia de Mello Breyner
Poesia de Fernando Pessoa
Paz, António Nobre

Paz!

E a Vida foi, e é assim, e não melhora.
Esforço inútil, crê! Tudo é ilusão…
Quantos não cismam nisso mesmo a esta hora
Com uma taça, ou um punhal na mão!

Mas a Arte, o Lar, um filho, António? Embora!
Quimeras, sonhos, bolas de sabão.
E a tortura do além e quem lá mora!
Isso é, talvez, minha única aflição…

Toda a dor pode suportar-se, toda!
Mesmo a da noiva morta em plena boda,
Que por mortalha leva… essa que traz…

Mas uma não: é a dor do pensamento!
Ai quem me dera entrar nesse convento
Que há além da Morte e que se chama a Paz!

António Nobre, in “Só” (1892)”

Poema A PAZ, Sofia de Mello Breyner

A Paz sem Vencedor e sem Vencidos

Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Sophia de Mello Breyner Andresen, in ‘Dual’

Poesia de Fernando Pessoa

Bóiam farrapos de sombra

De Fernando Pessoa

 

Bóiam farrapos de sombra

Em torno ao que não sei ser.

É todo um céu que se escombra

Sem me o deixar entrever.

 

O mistério das alturas

Desfaz-se em ritmos sem forma

Nas desregradas negruras

Com que o ar se treva torna.

 

Mas em tudo isto, que faz

O universo um ser desfeito,

Guardei, como a minha paz,

A ‘sp’rança, que a dor me traz,

Apertada contra o peito.

 

Dorme, que a Vida é Nada!

De Fernando Pessoa

 

Dorme, que a vida é nada!

Dorme, que tudo é vão!

Se alguém achou a estrada,

Achou-a em confusão,

Com a alma enganada.

 

Não há lugar nem dia

Para quem quer achar,

Nem paz nem alegria

Para quem, por amar,

Em quem ama confia.

 

Melhor entre onde os ramos

Tecem docéis sem ser

Ficar como ficamos,

Sem pensar nem querer,

Dando o que nunca damos.

Previous Post: Oficina de Leitura
Next Post: “Exposição coletiva de retratos de saramago”

© Biblioteca Florbela espanca | Escola Secundária Manuel cargaleiro